domingo, 5 de dezembro de 2010

Crowd

Sabe aquelas cenas de filme, onde o casal protagonista está em um campo florido, correndo em câmera lenta a caminho da pessoa amada? E que, quando se encontram, se abraçam e desferem um beijo demorado e apaixonado? Eu posso jurar que esse clichê romântico passou em minha cabeça naquele dia. Porém, todas as circunstâncias conspiravam contra mim. Além de estar em uma avenida movimentada, eu não estava sozinha. E a coragem me faltou, como sempre. Mas, a única coisa que eu realmente sei é que, naquele instante, não sei o que senti. Foi um mix de felicidade - por combater a saudade que a tempos me assolava - e angústia - para que ele me notasse no meio daquela multidão. E para minha alegria, ele o fez. Quando me disseram, "Olha quem está ai!", e ele se aproximou, respondi mentalmente que eu já sabia, pois reconheceria, à distância, aquele rosto. Um breve abraço, um breve suspiro, um sorriso de minha parte e uma breve conversa. O suficiente para que, após sua despedida, eu continuasse acompanhando seus passos que o levavam para longe de mim, até o perder de vista.

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