Mais de três semanas. Esse foi o tempo que tive que esperar para poder vê-lo. Ao chegar, meus olhos procuraram incessantemente os seus, mas não os encontraram. A espera, então, se estendeu por mais alguns dolorosos minutos. A porta do elevador se abre, o coração dispara e a vontade de abraça-lo aumenta. O lugar ao meu lado no sofá está livre, mas ninguém o ocupa. Poucas palavras são ditas. Pouco mais de dez minutos depois, um chamado o fez deixar o local e voltar ao trabalho. Na esperança de ter mais alguns instantes com ele, saio porta afora. A calmaria só se estabeleceu quando cheguei lá e o vi. Poucas palavras novamente. Dessa vez, um chamado, dessa vez destinado a mim, fez com que eu tivesse que deixa-lo. Tristemente, a caminho de casa, começaram as perguntas:
"-O que aconteceu que tu tá tão triste?-Nada.
-Ok, eu não sou burro. Por que tu tá tão triste Gianna?
-Nada, pai.
-*suspiro* Gianna, ele não é pro teu bico."
A ultima frase do retorno para casa me deixou pior do que eu já estava. Como ele pode dizer uma coisa dessas? Ele realmente não entende o que está acontecendo. Mas, quando abri meu celular para olhar as horas, outra frase, casualmente colocada como meu plano de fundo, encheu minha cabeça com mais pensamentos. LET IT BE. Uma das mais famosas músicas dos Beatles me fez parar com o que eu estava fazendo. Um sinal? Talvez. Deixe estar. Talvez palavras sábias e propícias para essa situação.
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