quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Confissões de diário


Querido, e praticamente único confidente, diário:

Minha vida está um tormento. Vi esse pequeno caderno de capa verde no encosto do sofá da sala e, não sei bem o motivo, senti a repentina necessidade de desabafar. Sim, isso à 00:13 de uma terça feira. No caso, já uma quarta.
Quase um ano se passa, amizades vêm e vão, mas a coragem de expor meus sentimentos continua enterrada.
É exatamente essa coragem que me falta. Olho para trás e vejo o quanto era uma tola apaixonada. Ou ainda sou. A única coisa que realmente tenho certeza é que uma parte aparentemente adormecida do meu coração pode ser sentida novamente. Quem diria que, em um lugar tão banal, eu finalmente poderia encontrar um algueém que me fizesse sentir viva novamente.
Há milhares de prós e contras nessa questão. Ponderá-las é somente uma maneira de ser realista, tentando manter os pés no chão e não esperar demais de onde pode não evoluir nada mais do que uma simples amizade.
MAS... eu não desisto fácil. Apesar de todos os argumentos para me fazer desistir, eu sei que no fundo é so uma maneira de proteção. Mas como eu vou aprender a fazer o certo se eu não quebrar a cara às vezes, não é? Todos dizem que ele não é o cara certo para mim. Porém, quem melhor para saber disso do que eu? Afinal, quem sofrerá as consequências de uma possível desilusão, apesar de estar preparada caso isso aconteça, sou eu. Enfim, correr atrás ainda me parece a melhor opção. E ser cada vez menos sutil é extremamente tentador.
Mãos doendo de tanto escrever, vou dormir. E sonhar com a melhor coisa que se pode imaginar: um amor.

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